DISPOSITIVOS LITERÁRIOS — RESUMO
Dispositivos Literários
Em geral, os dispositivos literários são um conjunto de estruturas
frequentemente empregadas pelos escritores para dar significados às suas obras
através da linguagem. Por causa de sua universalidade, eles permitem que os
leitores comparem a obra de um escritor com a de outro para determinar seu
valor. Eles não apenas embelezam a obra literária, mas também dão significados
mais profundos à narrativa, testando a própria compreensão dos leitores e
proporcionando-lhes o prazer da descoberta. Além disso, ajudam a motivar a
imaginação dos leitores a visualizar os personagens e as cenas com mais
clareza.
DISPOSITIVOS LITERÁRIOS:
ELEMENTOS LITERÁRIOS e TÉCNICAS
LITERÁRIAS
IMPORTANTE: O enredo de um conto precisa gerar sentimentos no leitor,
não no autor. Para criar um clima que
toque o leitor, o autor precisa lançar mão de ferramentas, de elementos, de
dispositivos literários que empregarão emoção, sentimento, tensão à história.
Mas, o que são DISPOSITIVOS LITERÁRIOS e ELEMENTOS LITERÁRIOS?
Para entender melhor os Dispositivos Literários, veremos sua
definição e exemplos:
ALGUNS ELEMENTOS
LITERÁRIOS:
O Elementos de um texto, de uma peça
literária, são amplamente empregados pelos escritores com a finalidade de
desenvolver a narrativa, estruturá-la de modo a oferecer um texto mais
compensador para o leitor. Fazem parte dos Elementos de um texto, por exemplo:
ENREDO, CENÁRIO, ESTRUTURA NARRATIVA, FOCO NARRATIVO, HUMOR, TEMA etc
Vejamos alguns desses Elementos:
1.
Enredo: É a sequência lógica de eventos que desenvolve uma história.
2.
Cenário: Refere-se ao tempo e lugar em que uma história acontece.
3. Protagonista: É o personagem principal da história,
romance ou peça de teatro, por exemplo: Hamlet na peça Hamlet. Anna
Karenina no romance de Tosltói. Emma Bovary no romance Madame Bovary de Gustave
Flaubert...
4.
Antagonista: É o personagem em conflito com o Protagonista, por
exemplo, Cláudio na peça Hamlet. Carlos Bovary, esposo de Emma Bovary, faz o
antagonista no romance Madame Bovary. Também em Anna Karenina, o contraponto é
exercido pelo marido dela, Conde Alexei Karenina.
5.
Narrador: Pessoa que conta a história.
6.
Método
narrativo: A maneira pela qual uma narrativa
é apresentada compreendendo enredo e cenário.
7.
Diálogo: onde os personagens de uma narrativa falam uns com os outros.
8.
Conflito. É uma questão em uma narrativa em torno
da qual toda a história gira.
9.
Humor: Uma atmosfera geral de uma narrativa.
10.
Tema: É a ideia central ou conceito de uma história.
Técnicas Literárias são estruturas geralmente de
palavras ou frases em textos literários que os escritores empregam para
alcançar não apenas fins artísticos, mas também oferecer aos leitores maior
visibilidade, compreensão e apreciação do texto. Exemplos
são: metáfora, aliteração, hipérbole, alegoria etc.
ALGUMAS TÉCNICAS
LITERÁRIAS:
1. Sinestesia: É o uso da linguagem figurativa para criar
representações visuais de ações, objetos e ideias em nossa
mente de tal forma que atraem nossos sentidos físicos. Por exemplo:
·
O quarto
estava escuro sussurrava coisas horríveis. -As palavras “escuro” e “sussurrava”
são imagens visual e auditiva.
·
O rio rugia
nas montanhas. – A palavra
“rugido” apela ao nosso sentido de audição.
·
O seu olhar
gelado nos afastou. – A
palavra olhar remete aos olhos que olhavam para aquele olhar, e a palavra
gelado é um apelo de tato.
2. Símile (comparação) e Metáfora: Ambos
comparam dois objetos distintos e traçam semelhanças entre eles. A
diferença é que o Símile usa “como” ou “como” e a Metáfora não. Por
exemplo:
·
“Meu amor é
como uma rosa vermelha vermelha ” (Símile)
·
Ele é uma
velha raposa muito astuta. (Metáfora)
·
O homem
nunca será como o animal, sensato. (Símile)
·
O homem é um
animal. (Metáfora)
3. Hipérbole: É
o exagero deliberado de ações e ideias para dar ênfase. Por
exemplo:
·
Sua bolsa
pesa uma tonelada!
·
Eu tenho um
milhão de problemas para cuidar!
4. Personificação: Dá a uma coisa,
uma ideia ou um animal qualidades humanas. Por exemplo:
·
As Flores estão dançando ao lado do lago.
·
A porta
bateu atrás de mim dizendo que eu não deveria voltar.
·
As ondas
beijaram meus pés até o amanhecer.
5. Aliteração: Refere-se aos
mesmos sons consonantais em palavras que se juntam. As consoantes se
repetem para dar ritmo. Por exemplo:
·
Melhor manteiga sempre torna a massa melhor.
·
Que a brisa
do Brasil beija e balança. (O Navio
Negreiro – Castro Alves)
6. Alegoria: É uma técnica
literária em que uma ideia abstrata recebe uma forma de personagens, ações ou
eventos. Por exemplo:
·
A revolução
dos bichos, escrito por George Orwell,
é um exemplo de alegoria. Usando as ações dos animais em uma fazenda para
representar a derrubada do último czar russo Nicolau II e a Revolução Comunista
da Rússia antes da Segunda Guerra Mundial. Além disso, as ações dos
animais na fazenda são usadas para expor a ganância e a corrupção da Revolução.
·
Alegoria da
Caverna de Platão, apresenta
uma narrativa de pessoas que vivem em uma caverna que só conseguem ver os
objetos como sombras. Essas sombras são refletidas na parede da caverna pela
luz do fogo e, portanto, os habitantes da caverna não podem avistar os objetos
diretamente. No entanto, as sombras são a sua realidade.
7. Ironia: É o uso das palavras de
tal forma que o significado pretendido é completamente oposto ao seu
significado literal. Por exemplo:
·
Sua roupa
está muito alinhada, tem quem te ache bonita.
·
Ah, que bom
que me assaltaram!
·
Dizer a um
grupo quieto, “Nossa, vocês estão falando muito hoje! ”
O escritor que mora dentro de você,
não pode sair de férias, não pode descansar, ele tem que ser um eterno
observador do cotidiano. O escritor nunca está demasiadamente cansado que não possa
vislumbrar uma nova história.
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